Você pode encontrar mais informações sobre a configuração de servidores Linux no meu livro Redes e Servidores Linux. Mas, mesmo que você não tenha intenção de se tornar um administrador de redes Linux, pode instalar muita coisa de forma fácil usando os ícones mágicos incluídos no Kurumin. Para isso, acesse a opção "Instalar e configurar Servidores" dentro do Centro de Controle:

Este é um dos painéis com mais opções dentro do Centro de Controle. Vamos a um resumo das opções disponíveis.
Em outra dica, Já falei sobre as opções para configurar a rede, compartilhar a conexão e ativar o firewall. Ao compartilhar a conexão você pode aproveitar para adicionar um servidor proxy com o Squid. Ele incrementa o compartilhamento, adicionando um cache que armazena os arquivos mais acessados, o que melhora a velocidade de acesso e, ao mesmo tempo, permite que você acompanhe as páginas acessadas a partir dos outros micros da rede, usando o Sarg.
Originalmente, ao usar um proxy é necessário configurar manualmente cada micro da rede para usá-lo, o que é bastante trabalhoso. No caso do Squid você tem a opção de configurar um proxy transparente, que é feito combinando o recurso de aceleração http do Squid com o uso de uma regra de firewall, que faz com que todos os pacotes recebidos pelo servidor na porta 80, a partir dos micros da rede local, sejam encaminhados ao Squid e daí para a internet.
A regra de firewall opera de forma passiva, dispensando configurações adicionais. Enquanto os micros da rede utilizarem seu servidor para a acessarem a web, involuntariamente estarão passando pelo servidor proxy, usufruindo do cache e outras otimizações e tendo seus acessos logados. Caso necessário, você pode também criar uma lista de sites bloqueados, restringindo, por exemplo, o acesso ao Orkut.

Na aba "Web e FTP" você encontra as opções de instalar um servidor Web Apache, com suporte a PHP e MySQL, que você pode usar para estudar sobre servidores web e testar os vários chats, fóruns e sistemas de gerenciamento de conteúdo de páginas que temos disponíveis.
No mesmo menu está a opção para instalar um servidor FTP, usando o Proftpd. Ele pode ser utilizado para compartilhar arquivos, dentro da rede ou na internet. É possível usá-lo para criar um simples FTP anônimo, ou liberar o acesso apenas a pessoas autorizadas. Para que o FTP fique disponível na internet, é necessário manter a porta 21 aberta no firewall. Se você acessa através de um modem ADSL configurado como roteador, é necessário redirecionar (port forwarding) a porta 21 para o seu micro. O Proftpd é configurado através do arquivo "/etc/proftpd.conf" e os arquivos que ficarão disponíveis para o FTP anônimo (que você pode ativar descomentando as linhas no final do arquivo) vão na pasta "/home/ftp".
Na aba seguinte, "Arquivos e Impressoras", você encontra o script para configurar um servidor Samba, que pode ser usado para compartilhar arquivos com outras máquinas da rede, tanto Windows quanto Linux. Anteriormente, aprendemos como acessar os compartilhamentos usando o Kurumin como cliente; através desta opção, ele pode se tornar servidor.
Ao instalar o servidor Samba, é necessário cadastrar os logins dos usuários que terão acesso aos compartilhamentos. Não é necessário que os logins e senhas sejam iguais aos usados nas máquinas Windows, mas ao usar senhas diferentes será necessário fornecer um dos logins cadastrados ao acessar os compartilhamentos. Você pode configurar o servidor e criar novos compartilhamentos usando o Swat, ou diretamente no arquivo "/etc/samba/smb.conf".
Caso muita gente vá usar o servidor para guardar arquivos, você pode usar a opção de configurar quotas de disco, limitando o espaço que poderá ser usado por cada um.
A opção de compartilhar impressoras permite compartilhar as impressoras na rede usando o próprio Cups, como já vimos. Estas impressoras podem ser usadas tanto nas outras máquinas Linux, quanto nas máquinas Windows.
Na aba "Acesso Remoto" você encontra o script para instalar um servidor LTSP, batizado de "Kurumin Terminal Server". O LTSP combina o NFS, DHCP, XDMCP, TFTP e um conjunto de scripts próprios para criar um servidor de terminais, que permite aproveitar micros antigos, ou com processadores lentos como terminais, executando via rede os aplicativos instalados no servidor.
Ao contrário do que pode parecer à primeira vista, o desempenho das estações é muito bom. Mesmo usando um Pentium 100 como terminal, os aplicativos rodam com praticamente a mesma velocidade que rodam ao serem executados localmente no servidor. Esta solução é adotada nos Telecontros e em diversas empresas, como uma forma de aproveitar máquinas antigas e reduzir custos.

A configuração de um servidor LTSP está longe de ser trivial, tanto que ele consome quase 50 páginas do livro Redes e Servidores Linux. Mas, o script automatiza a maior parte da instalação, permitindo que você consiga colocar o servidor para funcionar apenas lendo cuidadosamente as opções de instalação.
O primeiro passo é montar a rede entre o servidor e os terminais. Configure o servidor para usar o endereço "192.168.0.10", que é o endereço de exemplo usado nos arquivos de configuração. Desta forma, seu trabalho é bem menor, pois você usa a configuração padrão.
Os terminais dão boot via rede e rodam todos os softwares a partir do servidor. Graças a isso, eles não precisam de HD nem CD-ROM, você só precisa configurá-los para dar boot através da rede. No caso das máquinas um pouco mais novas, que já possuem rede onboard, você só precisa acessar o setup e configura-las para dar boot via rede. Nas mais antigas, com placas PCI, você vai precisar usar um disquete ou CD-ROM de boot.
Para isso acesse o http://www.rom-o-matic.org/. Este site é um gerador de imagens de boot, onde você indica o modelo da placa de rede e o formato desejado e ele lhe devolve a imagem de boot a usar.
No primeiro campo, indique o modelo da placa de rede e, no segundo, indique o tipo de imagem que será gerada. Estão disponíveis módulos para várias placas de rede, incluindo as 3com, Intel, sis900 (usada em muitas placas onboard) e via-rhine-6105, usado nas placas Encore novas. As antigas placas com chipset Realtek 8139 trabalham em conjunto com o módulo "rtl8139".
Use a opção "Floppy Bootable ROM Image (.zdsk)" para gerar a imagem de um disquete de boot ou a opção "ISO bootable image with legacy floppy emulation (.liso)" para gerar um CD de boot. Nesse caso, renomeie o arquivo gerado, de ".liso" para ".iso.

Para gravar um CD de boot, basta gravar a imagem da forma como gravaria um arquivo .iso tradicional. Depois, configure o cliente para dar boot através do CD-ROM. Intencionalmente, escolhemos a opção "with legacy floppy emulation", que torna a imagem compatível com os BIOS usados em micros antigos. Para gravar os disquetes, use o comando: "dd if=eb-5.0.10-rtl8139.lzdsk of=/dev/fd0" (onde o eb-5.0.10-rtl8139.lzdsk é o nome do arquivo).
Ao dar boot nas estações, elas pararão na etapa inicial do boot, onde procuram pelo servidor. Aproveite para anotar o endereço MAC de cada estação, que é mostrado nas mensagens de boot.
O endereço MAC é um número de 12 dígitos (como: 00:0C:29:6F:F4:AB), diferente em cada placa, que você pode localizar facilmente entre as mensagens exibidas. Ele aparece na penúltima linha, como em "lancepci: 00:0C:29:6F:F4:AB".

Enquanto o servidor não estiver configurado, os terminais vão ficar indefinidamente no "Searching for DHCP Server...", um sintoma de que que o boot via rede está ativo. Agora falta apenas o principal: o servidor :).
O script do Kurumin Terminal Server se encarrega de baixar e instalar os pacotes, além de gerar uma configuração modelo, que você só precisa ajustar para seu uso.
A parte mais trabalhosa é a edição do arquivo de configuração do DHCP, onde você deve cadastrar os endereços MAC das placas de rede usadas nos clientes, de forma que o servidor possa diferenciar cada um. Mantenha os modelos de configuração incluídos no arquivo, substituindo apenas os endereços de exemplo pelos dos micros da sua rede:

No arquivo "/opt/ltsp/i386/etc/lts.conf", aberto em seguida você pode incluir opções específicas para cada terminal, incluindo a resolução de vídeo e tipo de mouse usado em cada um. O LTSP é capaz de detectar as configurações automaticamente, assim como ao dar boot com um CD do Kurumin na maior parte dos casos, mas as opções no arquivo podem ser usadas para forçar o uso de configurações específicas ou em caso de problemas. O próprio arquivo inclui vários exemplos de configuração e você encontra instruções detalhadas no livro.
Cada estação possui uma seção própria dentro do arquivo, onde você pode incluir opções relacionadas a ela. Para fazer com que uma estação utilizasse resolução de 800x600 com 60 Hz de taxa de atualização para o monitor e 16 bits de cor, por exemplo, você adicionaria as linhas:
X_MODE_0 = 800x600 # (Resolução de vídeo)
X_VERTREFRESH = 60 # (Refresh rate do monitor)
X_COLOR_DEPTH = 16 # (Bits de Cor)
X_VERTREFRESH = 60 # (Refresh rate do monitor)
X_COLOR_DEPTH = 16 # (Bits de Cor)
Veja um exemplo de como ficaria a modificação dentro do arquivo:

O LTSP é um sistema muito interessante, pois toda a configuração é feita no próprio servidor, minimizando o trabalho ao administrar uma rede com muitas estações. Ele também se adapta muito bem a redes de diferentes tamanhos. Você pode tanto usá-lo em uma rede com 40 terminais, quanto instalá-lo no seu micro, para poder usar um Pentium 100 que estava encostado como único terminal. O fato de ativar o LTSP, não impede que você possa continuar utilizando o micro recrutado como servidor normalmente.
Além do script para instalar o LTSP, a aba de acesso remoto do painel oferece também as opções para ativar o servidor SSH e instalar o NX Server e o VNC. Embora sirvam para basicamente a mesma coisa (acessar sua máquina remotamente, de forma a executar comandos ou rodar aplicativos pela rede), os três funcionam de forma bem diferente.

O SSH é a ferramenta mais básica de administração de rede. Ao ativar o servidor, você pode se conectar a ele a partir das outras máquinas da rede usando o comando "ssh login@servidor", fornecendo um login de acesso válido e o IP ou domínio do servidor (como em: ssh kurumin@192.168.0.1). É possível ainda usar o SSH para transferir arquivos. Para isso, abra uma janela do Konqueror e acesse a URL "fish://login@servidor" (como em: fish://kurumin@192.168.0.1). Depois de fornecer a senha de acesso, você vê os arquivo do servidor e pode transferi-los simplesmente arrastando-os para outra janela.
O NX Server usa o SSH como base, mas vai mais longe, implementando várias camadas de compressão e cache, que permitem rodar aplicativos gráficos com um excelente desempenho, mesmo via internet. Ao se conectar, você vê o desktop do servidor e pode usar qualquer aplicativo instalado nele. O NX é composto de um módulo servidor e um cliente.

Finalmente, o VNC é o sistema mais tradicional, também usado para abrir um desktop remoto do servidor e usar os aplicativos instalados nele. O VNC não é tão eficiente quanto o FreeNX, mas é mais fácil de instalar e configurar.
Um comentário:
Olá,
Foi lançado recentemente um PABX capaz de integrar-se ao SKYPE, permitindo que telefones comuns possam fazer chamadas para contatos SKYPE ou para outros telefones através da rede SKYPE. As chamadas podem ser realizadas, atendidas, colocadas em espera, transferidas de forma extamente igual as da rede de telefonia convencional. O custo é muito baixo e se paga rápido, rápido.
Veja: www.safesoft.com.br/pabx/
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